Campanha do Agasalho 2009

26 janeiro, 2009

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Jovens encontram dificuldade para se inserir no mercado de trabalho

Paula de Castro
Repórter da Rádio Nacional

Brasília - Os jovens profissionais e os recém-formados têm encontrado dificuldade para conseguir o primeiro emprego. Independente da área de atuação escolhida ou do curso superior de formação, a falta de experiência é um fator determinante. Dados do Ministério da Educação mostram que todo ano mais de 700 mil profissionais entram no mercado de trabalho. Mas nem sempre há vagas suficientes.

O estudante Danilo Carvalho não vai ter esse problema. Ele se forma em Tecnologia da Informação no fim do ano e já está empregado. “Na verdade essa peregrinação vem há muito tempo. Eu já fiz vários cursos na área de informática e essa é uma área que você tem que estar sempre atualizado para não perder mercado. Tem que estar sempre estudando e aprimorando os seus conhecimentos”, conta Danilo.

Essa busca por aperfeiçoamento é o grande segredo para se destacar em uma entrevista de emprego. O professor de sociologia da Universidade de Brasília, Pedro Demo, afirma que o estudante deve se preparar para o mercado de trabalho ainda na faculdade.

“Precisa ir desde cedo olhando as exigências do mercado. Muitos cursos oferecem chances de montar as empresas dos estudantes, nichos empresariais ou estágios”. O professor explica que essas ações ajudam na procura do primeiro trabalho.

Segundo o professor, as universidades ainda não estão prontas para atender a algumas exigências do mercado. Pedro Demo explica que há um esforço para se adaptar às novidades mas, a maioria dos cursos continuam com o currículo antigo, defasado.

Uma outra causa para o grande número de desemprego, seria o despreparado do estudante, mesmo depois de formado. Segundo o professor há dois motivos principais para isso.

“Primeiro é que as condições de aprendizagem são muito antigas, predomina o instrucionismo, a aulinha, a cópia e a reprodução. Hoje o mercado exige particularmente pessoas que saibam pensar, saibam fazer textos, sejam autores, tenham autonomia. E em segundo lugar, muitos cursos não tomam conhecimento das novas evoluções do mercado, as questões da globalização e as crises do capitalismo”, destaca o professor.

Fonte: O Educacionista

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