Formação de trabalhadoras rurais em Pernambuco é iniciada nesta semana

Além de formação dem fruticultura, haverá um curso em direitos humanos e direitos da mulher para 5.420 trabalhadoras rurais

por Nataly Queiroz

Recife (Brasil) - Mais de 1.500 participaram nesta segunda-feira (15) da aula inaugural do curso de formação para trabalhadoras da fruticultura irrigada no sertão do São Francisco em Pernambuco. A iniciativa é desenvolvida pela Secretaria da Mulher do Estado em parceria com o UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), através Programa Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza. O curso em direitos humanos e direitos da mulher acontecerá até o final deste mês, beneficiando 5.420 trabalhadoras rurais.

A aula inaugural foi ministrada pela Secretária da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque, e contou com representações de organizações de mulheres, governos municipais, sindicatos e do Unifem. “Política é o lugar de todos os seres humanos. É preciso que as mulheres se organizem construam a sua fala pública, reflitam sobre as políticas públicas e participem de forma ativa das decisões políticas”, afirmou Cristina Buarque.

A iniciativa pioneira na localidade teve o apoio de lideranças populares. “O período da entressafra é o mais difícil para nós. Não temos condições para fazer cursos, mas ao mesmo tempo precisamos desses conhecimentos para ter melhores condições de vida, por isso, que essa formação veio em boa hora”, avaliou Marinalva Pereira, representante do movimento de mulheres de Petrolina.

O projeto

O projeto desenvolvido pela Secretaria da Mulher de Pernambuco com o apoio do Unifem se desenvolverá no rol do programa governamental Chapéu de Palha, o qual tem como objetivo minimizar os efeitos do desemprego em massa que ocorre no período da entressafra da cana-de-açúcar (dezembro a junho). Neste ano, as mulheres inscritas nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Orocó, Belém do São Francisco, Santa Maria da Boa Vista e Petrolândia participarão de oficinas técnicas e de gênero. Nestas, serão abordados conteúdos relativos a direitos das mulheres, cidadania e raça. O curso acontecerá durante o mês de junho. Ao todo, serão 84 educadoras atuando simultaneamente nas seis cidades e 63 recreadoras para atender aos 3.200 filhos das inscritas.


Fonte: ONU Brasil