OIT: Agenda do Trabalho Decente é a melhor resposta à crise
Efeitos da crise financeira mundial são discutidos por secretários do Trabalho na Bahia
SALVADOR (Notícias da OIT) – A Diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, afirmou que, em momentos de crise econômica, cresce a importância da implementação e fortalecimento da Agenda do Trabalho Decente defendida pela Organização Internacional do Trabalho.
“A Agenda do Trabalho Decente é um marco político adequado para enfrentar a crise. Muitos elementos desta Agenda estão presentes nas medidas atuais para fomentar a criação de emprego, intensificar e ampliar a proteção social e fortalecer o diálogo social. Precisamente quando existe um risco significativo de aumento do desemprego e da precarização do trabalho, aumenta a importância das iniciativas de defesa do emprego e da renda e de aumento da proteção social de trabalhadores e trabalhadoras”, disse Laís Abramo ao participar nesta Capital da reunião nacional dos Secretários do Trabalho de 23 estados brasileiros, além de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego. O tema principal do encontro foram as ações que devem ser tomadas como resposta à crise econômica mundial.
Para o governador da Bahia, Jaques Wagner, que falou aos secretários, a origem da crise reside justamente na desvalorização do trabalho. “Por muito tempo, houve uma desvalorização do trabalho e da atividade produtiva em geral e uma supervalorização do mercado financeiro. A proposta da Agenda do Trabalho Decente é uma antevisão da OIT de que isso era um grande equívoco. Nosso maior desafio agora é gerar ocupação remunerada, pois só podemos assegurar cidadania com o fruto de trabalho de cada indivíduo. Não há nada mais importante hoje que o mundo do trabalho”, disse.
A reunião teve o objetivo de realizar troca de experiência entre os gestores e assegurar que medidas sejam tomadas com o objetivo de garantir a geração de trabalho e emprego em todo o país. Na opinião do secretário de Trabalho da Bahia, Nilton Vasconcelos, não basta evidenciar a existência da crise, pois o momento é de criar mecanismos para enfrentá-la. “A crise tende a precarizar o mercado de trabalho e o nosso papel é assegurar medidas que minimizem ou até mesmo extingam essas consequências. Uma das formas é criar mecanismos de geração de tabalho, além do mercado formal”, defendeu o secretário, que acredita na eficácia da Agenda de Trabalho Decente, já implementada pelo Estado, como importante alternativa.
Fonte: OIT
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